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terça-feira, 11 de dezembro de 2012

A Mulher e a Epilepsia

Nas Grávidas

    As mulheres com epilepsia ficam preocupadas quando decidem ter um bebé e devem ter consciência dos riscos que elas próprias e o feto correm antes de decidir engravidar, uma vez  que existe um aumento de crises na mãe e um aumento da probabilidade de ocorrerem mal formações congénitas no feto.
    Existe uma grande controvérsia em se saber o que é mais perigoso para o feto, a epilepsia ou o seu tratamento. Pensa-se que uma vez grávida a convulsão é mais perigosa do que os fármacos.
    Estudos efectuados na área da epilepsia demonstraram que esta doença não impede as mulheres de planearem ter filhos, uma vez que, pelo menos 90% das crianças nascidas são normais e saudáveis. Esta percentagem é mais alta se a gravidez for previamente planeada com o neurologista e acompanhada pelos cuidados pré-natais.
    No entanto, uma mulher com epilepsia pode ser menos capaz de gerar crianças devido aos problemas causados pelas suas crises, problemas com o seu ciclo menstrual e órgãos reprodutores visto que alguns ovários de mulheres portadoras desta doença não produzem óvulos regularmente ou desenvolvem quistos (ovários poliquísticos).




Contraceção para mulheres com epilepsia

 
    As mulheres com epilepsia podem recorrer a qualquer tipo de métodos contracetivos (contracetivos hormonais orais e não-orais, métodos de barreira ou métodos de contagem dos dias do ciclo menstrual, etc). Os contracetivos hormonais são considerados os mais eficazes para a maioria das mulheres.

    A decisão relativa ao método contracetivo a utilizar dependerá da escolha do agente antiepiléptico que melhor controla as crises, com menos efeitos secundários. Outras considerações relevantes incluem:

     - A sua situação individual;
     - A idade;
     - A frequência das relações sexuais;
     - A existência ou não de outras doenças. 


    Deve saber que alguns tratamentos antiepilépticos podem reduzir a eficácia dos contracetivos orais. 

    Os indutores enzimáticos podem provocar uma metabolização mais rápida da pílula contracetiva, reduzindo a proteção da mulher contra a gravidez.

    Com altos teores de progesterona, os contracetivos não-orais (tais como implantes, pensos ou intramusculares) têm como vantagens a redução de crises em algumas mulheres, no entanto, estes serão igualmente afetados caso o agente antiepiléptico da sua medicação seja um indutor enzimático.

    Note: Uma “microrragia” ocorrente entre os períodos menstruais pode indicar uma redução da eficácia da pílula anticoncecional oral. Caso detete este sintoma, dirija-se ao seu médico e procure ajustar a dosagem do estrogénio do contracetivo.

    Durante o processo de ajuste no processo de contraceção, deve utilizar paralelamente o método de barreira ou um sistema de deteção de possíveis ovulações, continuando a tomar a pílula até já não existir risco de gravidez.

    As pílulas anticoncecionais podem reduzir as concentrações no sangue de determinados medicamentos antiepilépticos, tendo como consequência o aumento de incidência de crises. Ou seja, uma crise inesperada durante as três primeiras semanas do período pode indicar uma redução da eficácia do medicamento antiepiléptico.

    Caso este sintoma seja verificado, procure o seu médico de forma ajustar a dosagem do medicamento antiepiléptico ou mudar o método contracetivo.




(2010). Obtido em Novembro de 2012, de Liga Portuguesa contra a Epilepsia: http://www.epilepsia.pt

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